terça-feira, outubro 18, 2005

Obras na Portela Vs Aeroporto novo

Queda do Concorde, Paris, 25 de Julho de 2000

Como todos sabemos a comi"x"ão não só é defensora das liberdades, como também partilha com os leitores as divergências internas de forma a que a participação dos diversos comi"x"osos seja total.
Numa reunião até altas horas da noite, depois de muita discussão e cabeças partidas (as ambulâncias que ouviram ontem à noite. Lembram-se?) a comi"x"ão não se entendeu quanto à construção do novo aeroporto da Ota (escusado será dizer que o peso desta opinião nos órgãos de decisão é fundamental).

Por um lado temos os custos exacerbados de um projecto desta grandeza. Por outro temos um problema que se prende simplesmente com a segurança que um aeroporto dentro da cidade, convenhamos, não tem.
Contudo, o argumento mais ouvido, da parte de quem tem influência, não tem sido a segurança mas sim a resposta a uma previsível taxa de crescimento.

O problema da segurança deveria ser o leitmotiv desta questão.

Fazendo valer a força da memória curta, já muitos terão esquecido que foi em 25 de Julho de 2000, que o Concorde se despenhou em Paris causando a morte dos seus 113 passageiros. A tragédia, já de si, enorme, não ganhou contornos ainda mais dramáticos porque o aeroporto Charles de Gaulle se encontra fora da zona periférica de Paris.
A questão é simples: Se aquele acidente tivesse acontecido no aeroporto de Lisboa...

Na Ota ou em outro local qualquer, desde que longe dos centros urbanos, um aeroporto precisa-se.